quinta-feira, 30 de março de 2017

Temer sanciona federal de prevenção contra incêndios com vetos!

(Foto: Marcelo Bertani, divulgação)

O presidente Michel Temer sancionou com vetos, nesta quinta-feira, o projeto de lei 2020/2007 — batizado de Lei Kiss —, que atualiza regras de prevenção e combate a incêndios em casas noturnas e similares no país. O governo federal vai publicar a decisão na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União. Ao todo, 12 pontos do documento encaminhado ao Planalto foram vetados. A sanção presidencial ocorreu no último dia do prazo.

Entre os vetos presidenciais, está o artigo que previa a proibição de comandas. Para justificar sua posição, o governo afirma que "embora louvável a intenção almejada, a alteração proposta ao Código de Defesa do Consumidor pode ser melhor estabelecida, com maior flexibilidade normativa", que possibilitasse a restrição a outras formas de cobrança no futuro, com base em "mudanças tecnológicas".

No entendimento do governo, a proibição das comandas, no texto encaminhado pelo Congresso, pode gerar "uma insegurança jurídica, entrando na competência da esfera privada".

O governo do RS,  Corpo de Bombeiros, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e o Ministério da Justiça pressionaram o Planalto a vetar trechos do projeto. No caso do Piratini, as diferenças entre as duas normativas (estadual e federal) não agradavam e geravam preocupação. Caso Temer sancionasse a matéria da mesma maneira que ela passou na Câmara, o Estado teria que descaracterizar sua lei. Mesmo com os vetos, a legislação federal deverá provocar mudanças na normativa gaúcha.

O artigo que criminalizava os donos dos estabelecimentos caso descumprissem determinações do poder público — bombeiros ou do poder público municipal — também foi retirado do texto pelo presidente. A medida previa pena de detenção de seis meses a dois anos e multa para os infratores. Conforme o governo, a legislação atual "já tipifica as condutas previstas no artigo".

Os pontos do projeto que previam a obrigatoriedade de que boates e outros estabelecimentos com reunião de público seguissem as regras da ABNT também foram vetados pelo presidente. A medida gerava preocupação nas autoridades gaúchas, que já haviam aprovado uma versão estadual da Lei Kiss há mais de três anos.

Técnicos ouvidos pelo governo afirmaram que a ABNT é uma entidade ligada ao setor privado e empresas poderiam interferir na confecção das normas. Dessa forma, vincular regras nacionais de segurança e prevenção de incêndio a ela não seria o ideal.

Com o veto, fica estabelecido que municípios e/ou Estados deverão definir suas próprias normas. Foi o que aconteceu no caso da lei gaúcha em vigor: a comissão criada para discutir a legislação de combate a incêndios adaptou as normas à realidade do Rio Grande do Sul.

Os incisos que previam abertura de processo por improbidade administrativa contra prefeitos ou bombeiros, caso não cumprissem responsabilidades de emissão e fiscalização de alvarás, também foram vetados. Segundo o governo, "os dispositivos pretendem enquadrar os agentes imputados em situações que fogem de seu controle e governabilidade", o que seria, segundo o Planalto, "desproporcional e injusto".

A Câmara dos Deputados aprovou a Lei Kiss em 7 de março, quatro anos após o incêndio que matou 242 pessoas em Santa Maria. O projeto circulou por um bom tempo no Congresso antes da aprovação em definitivo. A proposta foi aprovada na Câmara pela primeira vez em abril de 2014. Repassada ao Senado, foi votada no ano seguinte, porém com modificações no texto, o que obrigou uma nova análise dos deputados. Depois de quase dois anos de espera, o texto passou na Casa e foi para sanção do presidente Michel Temer.

*Zero Hora

terça-feira, 28 de março de 2017

Estruturação da Força Tarefa do CBMRS


 

No dia 28 de março do corrente, no quartel da Academia de Bombeiro Militar do RS, foram reunidos os militares integrantes das células operacionais da Força Tarefa do CBMRS.

O objetivo do encontro é o de realinhar as ações de acionamento, o padrão de equipamentos e os períodos de treinamento e capacitação ao qual serão submetidos os integrantes das equipes de cada um dos 12 Batalhões de Bombeiro Militar.


Foram convidados a participar do encontro o Cel BM César Assumpção e o Maj Walter Parizotto, ambos do CBMSC, afim de compartilhar com os bombeiros gaúchos a sua experiência na composição e no acionamento da Força Tarefa, conceito que já se encontra em estágio bem avançado no Estado de Santa Catarina.


Como atividade complementar, os chefes de células da FT do CBMRS almoçaram a “ração operacional” que se cogita como alternativa à manutenção das equipes de pronta-resposta, quando de seu acionamento.


A próxima etapa, a ser definida pelo grupo de trabalho, será a consolidação do calendário de treinamentos e a redefinição do Procedimento Operacional Padronizado de acionamento da FT.