*Matéria produzida pela
Assessoria de Comunicação Social do CBMRS
Coronel Ruzicki assinou seu
pedido de Reserva, que foi publicado neste dia 24 de março.
No dia 24 deste mês, o Subcomandante-Geral do CBMRS se
despediu da Corporação. O Coronel Lúcio Alex Ruzicki está oficialmente
encerrando suas atividades na Corporação e indo para a Reserva Remunerada, após
34 anos de efetivo serviço.
O Coronel Ruzicki incluiu ainda na Brigada Militar no dia 19
de fevereiro de 1987, como cadete na Academia de Polícia Militar e, em 1991,
realizou o Curso de Especialização para Bombeiros Oficiais. Após a
desvinculação do CBMRS junto a BM, optou em fazer a transposição e seguir como
bombeiro militar, onde assumiu como Subcomandante-Geral em 2019. Deste então o
Coronel Ruzicki vem desempenhando suas funções contribuindo para o crescimento
da Corporação.
Em uma carta deixada após a publicação da sua Reserva, o
Coronel Ruzicki agradeceu as Instituições por onde passou, as amizades, e as
oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Ainda, fez questão de
agradecer ao Comandante-Geral do CBMRS, Coronel Bonfanti, o qual foi seu colega
de farda desde os tempos do 2º grau.
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul agradece
ao senhor, Coronel Ruzicki. Que seja o início de uma nova jornada, de muita
saúde e sucesso!
Abaixo, a carta deixada pelo Coronel Ruzicki, na íntegra.
“Existem diversas profissões, ocupações, fazeres...
Mas ser militar é diferente.
O militar tem limites para agir, mas não pode ser limitado
quando tem uma missão.
O militar vive a rotina de sua instituição, ainda que seu
trabalho, muitas vezes, não estabeleça rotinas.
Vive a vida da corporação, não acompanha vivências de sua
família.
Entrega-se a uma identidade que lhe deixa impregnado, via de
regra muito jovem. Respira possibilidades de ação, maneiras de agir dentro da
legalidade, vê a realidade de todas as esferas sociais com olhos de segurança,
percebe as diferenças e junto com estas, as suas limitações concretas em
construir uma sociedade diferente.
Vive uma vida vestindo sua segunda pele, a farda. A roupa
que lhe diferencia e promove a herói (ou não) é absorvida na sua caminhada, o
que faz e pensa sob aquela armadura queima sua carne e marca sua alma.
Durante a carreira, sempre diversos altos e baixos,
dificuldades, distâncias, afastamentos, aproximações, metas, planejamentos,
chutes, cabeceadas, sucessos e a falta dele também. Perdas, desgastes,
esquecimentos... esquecemos de nossa natureza, das nossas necessidades e
lembramos apenas do que precisamos fazer.
Ser militar é isto, é assim. Foi embarcar em uma viagem
ainda adolescente, atravessar alguns destinos, descer em diversas estações,
conhecer onosso Estado e desempenhar diversas funções como Oficial da Brigada
Militar, o Policiamento Ostensivo, desde a operacionalidade passando pela
atividade meio, na Academia de Polícia Militar e na Gestão no Estado Maior da
daquela Corporação que me proporcionou inclusive ser Vice Diretor e Chefe de
Segurança da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.
Já no Corpo de Bombeiros, após a possibilidade de mudar de
embarcação na reta final da viagem, fui primeiro Corregedor-Geral, estruturando
a Corregedoria, Diretor do Departamento Administrativo, Diretor do Departamento
de Prevenção e Diretor da Academia de Bombeiros, chegando a
Subcomandante-Geral. Sempre com o mesmo propósito, alcançar uma posição de comando,
ter a certeza de que fiz o melhor e organizar a nova fase da minha trajetória.
No dia 24 de março, deixei de ser o que fui nos últimos 34
anos, militar. Aluno Oficial, Aspirante, 2° e 1° Tenente, Capitão, Major,
Tenente-Coronel e Coronel, atingindo o topo da carreira na função de
Subcomandante-Geral do CBMRS.
Gratidão a todos que de alguma forma participaram do meu
amadurecimento pessoal e profissional. Ao Comandante-Geral, Coronel Bonfanti,
meu colega de 2° Grau, de Curso de Formação de Oficiais e agora compartilhando
o Comando do Corpo de Bombeiros.
Um especial agradecimento, aos que serviram de base para que
tudo fosse possível, meus filhos Ana Lucia, Ana Letícia, Antônio Alex e Alice e
a minha esposa Andrea Friedrch Ruzicki pela compreensão, pela paciência e
sabedoria em conduzir nosso lar e nossa família de forma tão brilhante nas
minhas ausências.
Aos meus colegas de farda, continuo à disposição, desejando
êxito na missão e a certeza de que em breve nos veremos.
Tudo que aprendi, o conhecimento que adquiri, as amizades
que fiz, permanecerão comigo.
Fraterno abraço.”
Lúcio Alex Ruzicki – Coronel RR
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