segunda-feira, 30 de agosto de 2021

TRANSFERÊNCIA PARA RESERVA DO SERVIÇO ATIVO.

                                        

No dia 18 de Agosto do corrente, após a conclusão de 31 anos e 6 meses de efetivo serviço militar estadual, fui transferido para a reserva do serviço ativo, na função de Subchefe de Proteção e Defesa Civil do Estado, função que muito me orgulhou e que me oportunizou aprofundar conhecimentos sobre a alta gestão estratégica de governo no sentido de, sempre, prestar um melhor e mais qualificado serviço à nossa comunidade.

Ao longo dessas três décadas fui agraciado com belas experiências operacionais e administrativas, servindo ao Brasil e ao Rio Grande como oficial de polícia militar, como oficial bombeiro militar, como membro da força nacional de segurança pública, como representante de nosso país em diversas missões oficiais no exterior e, acima de tudo, na condição de cidadão com consciência de meu papel na proteção da sociedade, mesmo com o risco da própria vida!    



Sempre procurei construir pontes e cultivar amizades, pois é somente através da boa relação interpessoal que se pode ser bem sucedido em qualquer empreitada que envolva aquilo que chamamos de "primeira resposta", eis que essas atividades são, invariavelmente, multidisciplinares e exigem enorme capacidade de integração e de entendimento entre os atores responsáveis por todo o processo de preparação, execução e aprimoramento de tais ações. 



Sinto-me plenamente feliz com a caminhada! Carrego memórias as mais diversas. Algumas não tão alegres, outras mais intensas e assustadoras, mas, no geral, ao refletir sobre a trajetória me pego com um sorriso no rosto, lembrando dos inúmeros momentos de felicidade que privei com meus irmãos de armas nessas mais e três décadas de total dedicação ao meu país!

Ingresso agora em um novo momento da vida, que me oportunizará desenvolver projetos de aperfeiçoamento pessoal que, espero, possam ainda ter alguma utilidade aos bravos que seguem no serviço ativo!

Sigo em pé e à ordem de meu país e de meu estado, a qualquer missão que me seja designada!

Forte abraço a TOD@S!   

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Começa o histórico primeiro Curso Superior de Bombeiro Militar - CSBM

Na tarde do dia 05 de Abril do corrente teve início o histórico primeiro Curso Superior de Bombeiro Militar, destinado à formação dos oficiais do quadro de estado maior do CBMRS.


O curso deve contemplar a formação de cinquenta novos capitães combatentes, os quais passarão a compor as diversas atividades do CBMRS nas áreas de prevenção e combate a incêndios, busca e salvamento e atividades de defesa civil.

A aula inaugural foi realizada na modalidade EAD em razão da pandemia, e contou com a presença de ex-comandantes do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar e de oficiais convidados pelo Comando-Geral da corporação.


A expectativa é a de que, já em 2022, esses novos oficiais já estejam integrados às atividades operacionais do CBMRS, otimizando os serviços prestados e qualificando ainda mais a instituição.

Mais uma etapa histórica da estruturação do CBMRS se inicia neste dia!

Grande abraço a todos!

terça-feira, 30 de março de 2021

Subcomandante-Geral do CBMRS é transferido para a reserva remunerada.

 *Matéria produzida pela Assessoria de Comunicação Social do CBMRS

Coronel Ruzicki assinou seu pedido de Reserva, que foi publicado neste dia 24 de março.

 No dia 24 deste mês, o Subcomandante-Geral do CBMRS se despediu da Corporação. O Coronel Lúcio Alex Ruzicki está oficialmente encerrando suas atividades na Corporação e indo para a Reserva Remunerada, após 34 anos de efetivo serviço.

 O Coronel Ruzicki incluiu ainda na Brigada Militar no dia 19 de fevereiro de 1987, como cadete na Academia de Polícia Militar e, em 1991, realizou o Curso de Especialização para Bombeiros Oficiais. Após a desvinculação do CBMRS junto a BM, optou em fazer a transposição e seguir como bombeiro militar, onde assumiu como Subcomandante-Geral em 2019. Deste então o Coronel Ruzicki vem desempenhando suas funções contribuindo para o crescimento da Corporação.

 Em uma carta deixada após a publicação da sua Reserva, o Coronel Ruzicki agradeceu as Instituições por onde passou, as amizades, e as oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Ainda, fez questão de agradecer ao Comandante-Geral do CBMRS, Coronel Bonfanti, o qual foi seu colega de farda desde os tempos do 2º grau.

 O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul agradece ao senhor, Coronel Ruzicki. Que seja o início de uma nova jornada, de muita saúde e sucesso!

 Abaixo, a carta deixada pelo Coronel Ruzicki, na íntegra.

 

“Existem diversas profissões, ocupações, fazeres...

 Mas ser militar é diferente.

 O militar tem limites para agir, mas não pode ser limitado quando tem uma missão.

 O militar vive a rotina de sua instituição, ainda que seu trabalho, muitas vezes, não estabeleça rotinas.

 Vive a vida da corporação, não acompanha vivências de sua família.

 Entrega-se a uma identidade que lhe deixa impregnado, via de regra muito jovem. Respira possibilidades de ação, maneiras de agir dentro da legalidade, vê a realidade de todas as esferas sociais com olhos de segurança, percebe as diferenças e junto com estas, as suas limitações concretas em construir uma sociedade diferente.

 Vive uma vida vestindo sua segunda pele, a farda. A roupa que lhe diferencia e promove a herói (ou não) é absorvida na sua caminhada, o que faz e pensa sob aquela armadura queima sua carne e marca sua alma.

 Durante a carreira, sempre diversos altos e baixos, dificuldades, distâncias, afastamentos, aproximações, metas, planejamentos, chutes, cabeceadas, sucessos e a falta dele também. Perdas, desgastes, esquecimentos... esquecemos de nossa natureza, das nossas necessidades e lembramos apenas do que precisamos fazer.

 Ser militar é isto, é assim. Foi embarcar em uma viagem ainda adolescente, atravessar alguns destinos, descer em diversas estações, conhecer onosso Estado e desempenhar diversas funções como Oficial da Brigada Militar, o Policiamento Ostensivo, desde a operacionalidade passando pela atividade meio, na Academia de Polícia Militar e na Gestão no Estado Maior da daquela Corporação que me proporcionou inclusive ser Vice Diretor e Chefe de Segurança da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas.

 Já no Corpo de Bombeiros, após a possibilidade de mudar de embarcação na reta final da viagem, fui primeiro Corregedor-Geral, estruturando a Corregedoria, Diretor do Departamento Administrativo, Diretor do Departamento de Prevenção e Diretor da Academia de Bombeiros, chegando a Subcomandante-Geral. Sempre com o mesmo propósito, alcançar uma posição de comando, ter a certeza de que fiz o melhor e organizar a nova fase da minha trajetória.

 No dia 24 de março, deixei de ser o que fui nos últimos 34 anos, militar. Aluno Oficial, Aspirante, 2° e 1° Tenente, Capitão, Major, Tenente-Coronel e Coronel, atingindo o topo da carreira na função de Subcomandante-Geral do CBMRS.

 Gratidão a todos que de alguma forma participaram do meu amadurecimento pessoal e profissional. Ao Comandante-Geral, Coronel Bonfanti, meu colega de 2° Grau, de Curso de Formação de Oficiais e agora compartilhando o Comando do Corpo de Bombeiros.

 Um especial agradecimento, aos que serviram de base para que tudo fosse possível, meus filhos Ana Lucia, Ana Letícia, Antônio Alex e Alice e a minha esposa Andrea Friedrch Ruzicki pela compreensão, pela paciência e sabedoria em conduzir nosso lar e nossa família de forma tão brilhante nas minhas ausências.

 Aos meus colegas de farda, continuo à disposição, desejando êxito na missão e a certeza de que em breve nos veremos.

 Tudo que aprendi, o conhecimento que adquiri, as amizades que fiz, permanecerão comigo.

 Fraterno abraço.”

 Lúcio Alex Ruzicki – Coronel RR

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Defesa Civil ressalta a importância da prevenção de queimadas em período de estiagem

 

Queimada no município do RS - Foto: Divulgação CBMRS

POR GABRIELA FIGUEIREDO (Defesa Civil Estadual)

 A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil está em alerta para o aumento de ocorrências envolvendo focos de incêndios que podem ser ocasionados diretamente pelo período de estiagem que atinge o Estado. A condição climática com temperaturas mais altas e com baixo volume de chuvas contribui diretamente para o ressecamento do solo e da vegetação, deixando mais propícia a ocorrência de incêndios em vegetação decorrentes de queimadas.

 A Defesa Civil do Estado vem tratando deste assunto de modo mais detalhado para auxiliar as prefeituras municipais e a população, a qual tem relevante papel na prevenção de queimadas nesta época do ano. De acordo com o Chefe de Assessoria de Operações e Defesa Civil do CBMRS, major Isandré Antunes, “boa parte das ocorrências de incêndio em matas se dão devido ao comportamento das pessoas”.

 O Corpo de Bombeiros reforça a importância de jamais usar o fogo como agente de limpeza em qualquer que seja o local como, por exemplo, para renovar a pastagem. Além de não queimar lixo, folhagens, galhadas e entulhos, próximos a lugares com área de vegetação. “Esse tipo de material deve ser destinado para o local certo”, destacou o major Antunes.

 O subchefe da Defesa Civil do Estado, coronel Rodrigo Dutra, manifesta que a absoluta maioria dos casos de queimadas que se tornam incêndios em vegetação decorre de ação humana, muitas vezes em locais de difícil acesso, o que ocasiona impossibilidade de resposta por parte dos serviços de emergência. "Dessa forma, além de cometerem uma ação criminosa, ao colocar fogo para a limpeza do campo, o indivíduo coloca a si e a seus vizinhos em risco potencial real, eis que, em muitos casos, não é possível controlar o incêndio antes que provoque severos danos humanos e ambientais", pontua o coronel Rodrigo.

 A Defesa Civil do Estado reforça a importância de seguir as dicas de prevenção para evitar o aumento de queimadas no Estado, protegendo a população, a flora e a fauna das diferentes regiões do Estado. Um podcast com informações do Corpo de Bombeiros e dicas de prevenção a queimadas já está disponível no site da Defesa Civil do RS.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Defesa Civil RS participa de reunião multinacional sobre a Covid-19


Por Ana Paola Dala Barba/Defesa Civil
O subchefe da Defesa Civil Estadual, coronel Rodrigo Dutra, participou na tarde de sexta-feira (24) de uma teleconferência com representantes das Defesas Civis dos países da América Latina. O encontro promovido pela Secretaria de Gestão Integrada de Riscos, Desastres e Proteção Civil da Cidade do México, reuniu autoridades de 11 países.
Os estados de São Paulo de Rio Grande do Sul, foram convidados para representar o Brasil e compartilhar as experiências locais e regionais sobre as ações e o suporte direcionado à população no enfretamento à Covid-19. A reunião multinacional contou ainda com a participação de representantes da Argentina, Venezuela, Chile, México, Paraguai, Colômbia, Guatemala, Honduras, Bolívia e Equador.
Segundo subchefe da Defesa Civil do RS, coronel Rodrigo Dutra, "durante a reunião compartilhamos informações e resultados de experiências como, por exemplo, o isolamento social, hospitais de campanha e restrições de mobilidade urbana. Outra questão importante citada durante o encontro foi a preocupação com o aumento da violência doméstica em todos os países participantes".
"As medidas de isolamento social implementadas no Rio Grande do Sul, colocam o Estado em um nível muito elevado no achatamento da curva e nas ações de respostas ao enfrentamento a pandemia, que tornou o Estado um exemplo no controle da disceminação do vírus e do número de óbitos, se comparado com países da América Latina", destacou.
A Cidade do México também tem um dos menores índices de contaminação e mortalidade pela Covid-19 da América Latina. Conforme a Secretária de Gestão Integrada de Riscos, Desastres e Proteção Civil da Cidade do México, Myriam Urzúa, lá os números são baixos "porque a cidade realizou um diagnóstico de toda a estrutura sanitária disponível e orientou a população a ficar em casa de forma voluntária e consciente". Cuidando de si, cuidamos dos outros", destacou Myriam.
No próximo dia 1 de maio, será realizado a segunda teleconferência com uma temática especifica que será definida nos próximos dias



terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O aprendizado de Brumadinho

       
(Foto: AFP)

Entre os dias 12 e 14 de fevereiro de 2019 a Defesa Civil do RS enviou dois oficiais até a cidade de Brumadinho/MG com o objetivo de observar as ações desenvolvidas pela Defesa Civil de Minas Gerais frente à tragédia que atingiu a barragem de rejeitos da mina "Córrego do Feijão", da Companhia Mineradora Vale.

A visita técnica foi dividida em duas etapas, sendo uma voltada à compreensão da estrutura organizacional, em maior escala, das instituições e agências governamentais que participam do processo de licenciamento e fiscalização de barragens e, uma segunda etapa voltada à observação da estrutura de resposta à emergência instalada durante esse evento adverso.
Minas Gerais apresenta um cenário diferente do RS no que se refere às barragens de rejeitos. Naquele Estado são 434 barragens desse tipo, normalmente associadas à atividade de mineração, o que ocasiona a existência de diversas comunidades situadas em zonas de risco, no caso de uma ruptura.

(Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo)

A fiscalização de barragens é realizada por diferentes órgãos, de acordo com o tipo de barragem considerada. Barragens de irrigação e outras sem riscos associados ao volume de líquido contido, são fiscalizadas pela Agência Nacional das Águas (ANA) e, de forma concomitante, pelos órgãos de proteção ambiental. Já barragens de rejeitos de mineração e hidrelétricas são fiscalizadas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), respectivamente.

Em todos os casos as barragens devem possuir um plano de segurança, nos termos da Lei Federal 12.334/10, o qual, além das informações técnicas e estruturais da barragem, é composto por um documento denominado PAE (Plano de Ação de Emergência), o qual deverá estar disponível no empreendimento e nas prefeituras envolvidas.


Esse PAE estabelecerá as ações a serem executadas pelo empreendedor da barragem no caso de uma situação de emergência, bem como identificará os agentes a serem notificados dessa ocorrência.

Tanto no evento da Barragem do Fundão, em Mariana/MG (2015), quanto no evento da Barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho/MG (2019), não houve o alerta antecipado das comunidades potencialmente afetadas, o que ampliou a quantidade de pessoas atingidas, muitas das quais poderiam ter se dirigido a zonas seguras antes da chegada da lama.

Um dos aprendizados decorrentes da experiência vivida em Minas Gerais é a requisição conjunta dos Planos de Contingência Municipais, (que já são exigidos pela Defesa Civil do Estado) com os Planos de Ação de Emergência (PAE) de barragens às Coordenadorias Regionais de Defesa Civil, nos municípios onde haja barragens.

Esse tipo de ação poderá ser realizado conjuntamente no Rio Grande do Sul pelo órgão de fiscalização ambiental e pela Defesa Civil, mas somente será efetivo se as condições de estabilidade estrutural, treinamento de emergência e sistema de alerta sejam atestados por responsáveis técnicos do empreendedor da barragem.


Um segundo ponto observado na visita técnica a Brumadinho foi a capacidade de resposta dos serviços de emergência Mineiros empregados no evento.
Imediatamente após a ocorrência, que foi de grande magnitude, a Defesa Civil de Minas Gerais e o Corpo de Bombeiros Militar enviaram equipes de resposta, instalando um posto de comando inicial para a organização dos trabalhos.

Com o passar do tempo a cena foi se tornando mais complexa, com a chegada de diferentes tipos de apoio e de diferentes equipes especializadas.

Aqui também houve um aprendizado. A quantidade de pessoas e de recursos que foi "chegando para ajudar", sem ter sido solicitada, em determinado momento se tornou um transtorno para as equipes profissionais que gerenciavam a cena.

Times de voluntários, cargas de ajuda humanitária, servidores de órgãos não relacionados ao atendimento de emergência, entre outros, foram se aproximando de um terreno que ainda se encontrava instável, colocando toda a operação em risco.

A esse tipo de comportamento se dá o nome de "turismo de desastre", que é a pessoa, ou grupo de pessoas que, de forma bem intencionada, se desloca até o ponto onde está a emergência sem ter sido requisitada ou convidada e, na intenção de ajudar, acaba por tumultuar ainda mais  um cenário que já é naturalmente caótico.


A lição aprendida, especialmente com o Corpo de Bombeiros Militar e com a Polícia Militar de Minas Gerais é a de que, mesmo com todo o voluntariado existente nesses casos, é preciso que haja um adequado direcionamento de esforços, evitando colocar civis em risco primário, ou mesmo secundário, na zona de desastre.

No caso de Brumadinho, após a entrada desautorizada de equipes não profissionais na chamada "zona quente" (que é o local mais perigoso do desastre), foram montados postos de controle da Polícia Militar ao longo de todas as rotas acessíveis do desastre, ocupando mais de 100 Policiais Militares nessas barreiras, por dia de operação. Tudo isso apenas para evitar a entrada de pessoas desautorizadas, e muitas vezes desqualificadas, que têm a intenção de "ajudar" na operação de resgate.

Outra lição muito importante foi o exemplo de integração dos órgãos e agências envolvidos na resposta à emergência. Presenciamos o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e de mais 9 Estados, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Força Aérea Brasileira, a Polícia Federal, o IBAMA, o SAMU e a própria Companhia Mineradora VALE, entre outros, atuando em coordenação de esforços, sob a tutela da Defesa Civil do Estado, a qual teve o papel de organizadora geral dos esforços de emergência e de encarregada do estabelecimento do Sistema de Comando em Operações (SCO), que é fundamental em eventos de grane magnitude como o de Brumadinho.


Entre os dias 12 e 14 de fevereiro de 2019, portanto na terceira semana de emergência, observamos cerca de 400 bombeiros militares atuando na "zona quente", cerca de 100 policiais militares efetuando o controle das zonas de acesso ao local do desastre e cerca de outras 500 pessoas, entre militares e civis, atuando diariamente nas ações de suporte a apoio às equipes de intervenção.

Helicópteros, tratores, máquinas pesadas, veículos off-road, antenas de satélite, aparelhos GPS e todo um aparato de tecnologia tem sido utilizado, de forma ininterrupta, na busca pelas pessoas atingidas por essa tragédia.


       O diferencial, contudo, se materializa na dedicação e no esforço dos homens e mulheres que estão integrados aos serviços de emergência de Minas Gerais. Diariamente, com suas ferramentas manuais e seus cães de busca, esses profissionais, de forma muito respeitosa e abnegada, se entregam totalmente na esperança de trazer conforto a familiares e amigos das vítimas de Brumadinho.

O ocorrido em Brumadinho é uma tragédia familiar para os Mineiros, e tem sido tratada com absoluto cuidado e zelo pelas instituições e agências envolvidas na resposta. É como se cada membro das equipes de resgate tivesse ali, soterrado por toneladas de rejeito de minério, um familiar ou um amigo seu, tamanho o cuidado e a minúcia com que executam suas ações diárias.
  
Nosso maior aprendizado foi viver, mesmo que por um curtíssimo período, a dor e a superação de cada uma das pessoas envolvidas na tragédia, sejam elas resgatistas, sejam elas vítimas.  Foi esse sentimento que ajudou a construir uma das maiores operações de resgate já vistas no Brasil.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Oficiais Militares Estaduais discutem temas de segurança pública em Florianópolis


Aberto oficialmente no dia 5 de abril, com um minuto de silêncio em honra aos cinco policiais mortos em 2018 – seguido por homenagem aos policiais do Rio Grande do Norte que prestaram auxílio na morte da soldado catarinense Caroline Pletsch em suas férias em Natal -, o Seminário Nacional de Oficiais Militares Estaduais reuniu mais de 350 participantes de todo o país no Oceania Convention, em Florianópolis. Oficiais militares de 19 estados acompanharam o evento realizado pela Associação dos Oficiais Militares Estaduais de Santa Catarina “ACORS” simultaneamente ao Encontro de Oficiais Militares Estaduais. Entre as palestras proferidas por autoridades do universo jurídico e militar, estiveram os seguintes temas:

 – A aplicação da Lei Federal nº 13.491/17, que amplia a competência da Justiça Militar;
– O panorama político institucional;
– Políticas institucionais dos Corpos de Bombeiros Militares frente às mudanças legislativas (com participação do CBM Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro);
– Planos de Governo para 2018;
– O Ciclo Completo de Polícia nos crimes de menor potencial Ofensivo através da Lavratura do TCO;
– A Tecnologia como ferramenta para alavancar o Ciclo Completo de Polícia;
– Experiências no uso de Tecnologias e Sistemas de Gestão para a Segurança Pública;
– e vários tópicos relacionados ao Exercício da Polícia Administrativa para prevenção de crimes e desordens.

Na sexta-feira, dia 06, os eventos prosseguiram até 17h30min com a apresentação de várias iniciativas bem-sucedidas das corporações militares estaduais. Entre os convidados para abordar “A prevenção de problemas de Ordem Pública por instrumentos administrativos” esteve o presidente do Instituto Brasileiro de Segurança Pública, advogado Azor Lopes da Silva Júnior.


O Promotor de Justiça do MPSC, o dr. Eduardo Paladino encerrou a programação da manhã explorando a Lei n. 17.477/2018, que trata da venda e consumo de cerveja em estádios. Após extensa programação técnica, o Professor Gretz proferiu a palestra de encerramento sobre A Força do Entusiasmo.

O CBMRS se fez representar pelos Tenente-Coronéis Otávio Polita e Rodrigo Dutra, sendo o último elencado como palestrante do evento na painel “Repercussões da Lei Federal Nr. 13.425/17 – Lei Kiss”.

Da Brigada Militar foi palestrante o Ten Cel Marcelo Specht, no painel “Ciclo Completo de Polícia nos crimes de menor potencial ofensivo - A experiência do Rio Grande do Sul”.

A Associação dos Oficiais da Brigada Militar se fez representar por seu Presidente, Cel Marcelo Gomes Frota, pelo Vice-Presidente, Cel Marcos Paulo Beck, além do Diretor Cultural da entidade, Cel Ubirajata Anchieta, do Conselheiro Cel Alberto Afonso Landa Camargo e dos Ex-Cmt Gerais da Brigada Militar Cel Nelson Pafiadache e Cel Jerônimo Braga.