Na tarde do dia 10 de Junho de 2013 O prédio residencial Alta Vista, ainda em construção, localizado na esquina da Rua Saldanha Marinho com Rua Cap. Leopoldo Heineck, sofreu um princípio de incêndio por volta das 14h.
As Guarnições do Corpo de Bombeiros de Lajeado e de Estrela foram acionadas, tendo realizado o salvamento de 25 funcionarios da obra que ficaram presos no interior do prédio.
Para as ações de salvamento foram utilizadas a Auto-escada mecânica do Corpo de Bombeiros de Lajeado e um guincho particular contratado pela empresa DIamond, reponsável pela obra, para apoiar o Corpo de Bombeiros.
O sinistro teve origem no subsolo-2 do prédio de 8 andares de apartamentos. O motivo está sendo averiguado. O que de fato é sabido, é que o queimado foi pequena quantidade de isopor, guardado no subsolo-2. Isopor este usado rotineiramente em obras. A fumaça em tal proporção e de forma rápida explica-se pela agilidade de propagação e ausência de chamas (isopor).
Pelo menos 21 operários foram encaminhados a hospitais — 11 para o Hospital Bruno Born, em Lajeado, e 10 para o Hospital Estrela. Segundo as instituições, todos estão bem.
A Polícia Civil investiga o caso e peritos especializados em engenharia, do IGP da Capital, devem ir a Lajeado nesta terça-feira, já que a análise não pode ser feita à noite.
Permanecem hospitalizados os funcionários da empresa que trabalhavam na obra que pegou fono na tarde ontem. Apesar de não haver chamas em grande proporção, a fumaça afetou operários e bombeiros que estavam no local.
Na tarde de ontem (10), 22 homens deram entrada no Hospital Estrela, mas 12 foram liberados no mesmo dia. Outros dez devem permanecer pelo menos até a manhã de hoje. Onze pessoas estão no Hospital Bruno Born. Por recomendação médica, eles foram encaminhados as hospitais que possuem Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O médico coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Nelson Motta, explica que o risco de quem inalou a fumaça começa a ser observado no momento da exposição ao produto tóxico até 72 horas depois. “A fumaça pode causar edema pulmonar, que é um inchaço do pulmão. Com esse edema a pessoa deixa de respirar a vai a óbito.”
De acordo com o médico, no período de três dias depois da inalação da fumaça tóxica o paciente pode desenvolver uma pneumonite química – que é uma inflação do pulmão por causa do contato com a toxina. “Cinco minutos de contato com essa fumaça, dependendo da quantidade que o paciente inalou, podem ser fatais”, completa.
Ao dar entrada no hospital, o procedimento padrão é entubar a vítima para facilitar a respiração com ajuda de aparelhos. “Cada médico avalia a necessidade, mas os operários mais expostos a fumaça devem ser entubados e monitorados por pneumologistas.”